Clube Estoril Campo Grande Ms

Localizado em uma das áreas mais nobres de Campo Grande, com fácil acesso, o Clube Estoril Campo Grande Ms é indiscutivelmente uma das entidades recreativas mais bem estruturadas do Centro Oeste.

Oferece as mais variadas opções de lazer e serviços.

Clube Estoril Campo Grande Ms

O prédio, que é o departamento de lazer da Associação Luso Brasileira de Campo Grande MS, completou bodas de prata em 2016 e está presente no imaginário coletivo dos cidadãos campo grandenses especialmente pela realização de grandes eventos como os melhores carnavais da cidade.

Os primeiros portugueses que chegaram a Campo Grande no início do século passado buscavam uma vida nova, queriam prosperar. Com a vinda destes para trabalhar com a estrada de ferro, outros também acompanharam o fluxo e logo a cidade que era uma parte perdida no centro-oeste brasileiro tornou-se o lar de numerosos imigrantes portugueses. A colônia portuguesa resolveu se unir e o resultado desta experiência é o que hoje se chama Associação Luso Brasileira. Muita gente conhece apenas sua estrutura física, o Clube Estoril, e ainda não teve a oportunidade de descobrir a história que a antecedeu. É isso que você acompanha nesta reportagem especial, uma viagem pela trajetória da colônia portuguesa organizada em Campo Grande, que passou de Centro Beneficente Português à Associação Luso Brasileira.

Fernando Azevedo, em seu livro Um trem corre para o Oeste, conta que Campo Grande “não passava de uma povoação sertaneja, com 1.800 habitantes” antes da chegada da estrada de ferro Noroeste do Brasil à cidade. No ano de 1914, quando isso aconteceu, o desenvolvimento e as mudanças no cenário cultural, econômico e social foram significativas, e, já na década seguinte, Campo Grande tinha agências bancárias, padarias, fábricas de gelo, de massas alimentícias, marcenarias e até agências de automóveis. O trem permitiu o intercâmbio de mercadorias e informações, e aumentou consideravelmente o fluxo de pessoas à cidade, acentuou o desenvolvimento econômico e colocou em ebulição a vida sociocultural do antigo vilarejo. O dinamismo estimulou a vinda e o estabelecimento de imigrantes, que se dirigiam a Campo Grande com a ideia de uma nova terra, onde novas oportunidades seriam possíveis. Por volta de 1920 a presença de imigrantes representava cerca de 9% da população residente em Campo Grande. O município deixava de ser um vilarejo isolado e passava a fazer parte do mundo. Atraídos pela construção da estrada de ferro que interligaria o estado de São Paulo ao sul do então estado de Mato Grosso, os primeiros integrantes da colônia portuguesa chegaram buscando novos horizontes para seus negócios e suas vidas. Com a vinda dos primeiros portugueses com potencial para investir no município, como o caso da família Secco Thomé, que trabalhava na fabricação de dormentes para a Estrada de Ferro Noroeste do Brasil (NOB) e na construção civil, ou mais tarde, dos empresários do ramo da metalurgia e indústria, como a família Estevão, que trabalhou na construção de prédios militares e produziu carroças, charretes e carretas, não apenas os habitantes locais eram beneficiados com diversas possibilidades de emprego, mas também os conterrâneos destes imigrantes, que seriam convidados por meio das Cartas de Chamada para aqui se instalarem em busca de prosperidade.





Mas essa estadia em terras além-mar não seria fácil. A história conta que a cidade de Campo Grande tinha pouca estrutura, poucos habitantes e era uma terra de ninguém. “Antes da ferrovia, Campo Grande não passava de uma pequena aglomeração de pessoas, perdida no sertão e encoberta pela poeira da história (poderíamos acrescentar, pelo sangue também).” [ARRUDA, Gilmar, ARCA nº 2 pág. 10]. Os contrastes que esses imigrantes percebiam ao seu redor iam além da cor vermelha da terra, do mato alto e do clima quente. Para ter ideia do “velho oeste” que era a cidade no início de 1900, é curioso ler um trecho do relato da artista plástica “Miska”, Emilcy Thomé Gomez, sobre a chegada de Antônio Secco Thomé e seus filhos Manoel e Joaquim Secco Thomé à cidade, em busca de outro filho, Bernardinho, que tinha vindo anos antes e contraiu tuberculose. No livro “Campo Grande – 100 anos de construção”, Miska conta que, em 1913, a linha da estrada de ferro Noroeste do Brasil terminava no município de Água Clara, e que a família de portugueses deveria percorrer a pé, a cavalo ou em carro de boi, os cerca de 200 quilômetros que separavam essa cidade ao município de Campo Grande. Como não tinham dinheiro para pagar o transporte de todos, alugaram uma montaria para o pai Antônio e os outros partiram a pé, o que acabou com seus calçados. “E assim, chegaram os aventureiros a Campo Grande em busca do irmão, só com os canos das meias, depois da caminhada de uns seis dias. Não tinham muita referência para encontrar tio Bernardinho e, naquela primeira noite, conseguiram abrigo num galpão que ficava na Rua 13 de Maio, perto de onde é hoje o Hotel Campo Grande. Estavam deitados em cima de umas tábuas, depois de comer bananas com queijo, quando foram surpreendidos por um tiroteio. Eram balas de fuzis que zuniam por suas cabeças e algumas ricocheteavam no teto de zinco do galpão. Tio Joaquim dizia que ficaram apavorados, sem entender nada. Vovô já tinha 26 anos, mas ele, apenas 18. No dia seguinte foram saber o que havia acontecido. Na esquina da Rua 13 de Maio com a Barão estava instalado um circo e na Afonso Pena ficava o quartel da polícia. Houve um desentendimento entre os artistas e os policiais e várias pessoas morreram. A cena que viram no picadeiro foi a de um rapaz tido como maluco, espetando os cadáveres com um punhal para verificar se realmente estavam mortos. Uma cena apavorante, sem dúvida. Essa foi a primeira noite deles em Campo Grande”.

Clube Estoril Campo Grande Ms Carnaval

O Clube Estoril promove a locação de seus salões para diversos tipos de eventos com preços diferenciados do mercado.

Fotos do Clube Estoril Campo Grande Ms

Fotos do Clube Estoril Campo Grande Ms

Horário de Funcionamento Clube Estoril Campo Grande Ms

  • Segunda a sexta das 8h ás 18h / Sábado e domingo das 8h ás 20h

Onde Fica, Endereço e Telefone Clube Estoril Campo Grande Ms

  • Rua Silvina Thomé Veríssimo, 20 – Jardim Autonomista – Campo Grande – MS
  • Telefone: (67) 3312-0400

Outras informações e site

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